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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Nossa Senhora da luz

A freguesia de Nossa Senhora da Luz, na sua orografia, apresenta extensas achadas e planaltos de deferentes altitudes, com encostas de declive variado.
Terra seca e bastante árida, que é banhada pelo mar azul, com excepção da do mar da Baia, as praias são de areia preta, muito extensas na sua maioria.
Praias que apesar de belas e atraentes, trazem marcas de desgaste e fissuras, deixadas por pessoas que as fere, com a justificação de tirar o ganha-pão e o sustento para suas famílias.

A paisagem é naturalmente despida de arbusto, visto que a chuva é muito escassa nessa região. Pelo facto a freguesia depara-se com algumas dificuldades e carências, embora os “ filhos da terra “ acreditam e “têm fé” de que ela venha a ultrapassar essas barreiras e conhecer dias melhores.
Parecendo “paradoxo” observar aquilo que a natureza deu a essa terra, solo seco, clima agreste, rochas despidas, chuva escassa, nascente de agua salgada, cultura quase que inexistente…, sua gente, parece ser o fruto da contradição.
Gente de sorriso no rosto e alegria na alma, que canta dança e vive a saudade. Para afugentar o gemido da dor, quanto nos meses de “azagua” vê o céu alto, se despir de nuvens, e o sol quente se fazer sentir. Mas, nem por isso deixa perder a esperança e a fé, ao ver a semente do milho e do feijão ficarem por germinar na terra por falta da chuva. Gente simples e modesta que apesar das dificuldades vividas no seu dia à dia, é sábia no gerir, e no partilhar do pouco que tem com aquele que vive ao lado. É o “djunta mó”, que caracteriza essa gente. No dar e no trabalho de mão-de-obra”.
Essa atitude parece ter sua origem na prática da fé cristã que o povo conserva. Uma fé que apesar das “mares”, umas vezes em cima outras em baixo, continua sempre presente na vida do povo.

A freguesia é constituída por quinze povoados, dispersos e separados uns dos outros. A paróquia encontra-se minimamente estruturada. Milho Branco é o centro, e actualmente a sede da freguesia, com a igreja paroquial, dedicada a Nª Sª de Fátima, e onde reside o pároco. De realçar que a residência paroquial foi construída a poucos anos pelo primeiro pároco nomeado o Padre José Pires.
Hoje, enfrentando os novos desafios, a paróquia cresceu, e torna-se necessário criar condições para atender as necessidades do dia-a-dia. “Construir uma nova igreja” é o desafio, já que a existente não consegue albergar o povo, pelo que a missa dominical é celebrada ao ar livre. Salas para a catequese de crianças, jovens e adultos, são uma necessidade, assim como para reuniões, e encontros dos vários secretariados existentes. Apenas existe um salão. Estas e outras são as razões que levaram a paróquia a se lançar a esse grande desafio graças ao Pároco.

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